Não importa quem inventou a arma e sim quem puxa o gatilho


- Atinja um, eduque cem. A noticia corre, outros podem nos imitar. Somos só o pavio. Achamos mais original ter uma causa, mudar o mundo. Vivemos numa ditadura do capital. O primeiro mundo deveria perdoar a dívida do terceiro mundo; é só 0,01% do nosso PIB! -Vocês os querem pobres! Para poder controlá-los, força-los a vender seus produtos a preços ridículos. É a regra básica do sistema: exaurir todos até o limite para que não possam reagir. Acha que as pessoas são felizes, Hardenberg? Ei, abra os olhos! Saia do seu carro e a ande pelas ruas! Elas parecem felizes ou animais assustados? Veja suas salas de estar, todas grudadas na tv, ouvindo zumbis chiques falarem sobre uma felicidade perdida. Dirija pela cidade. Verá a imundice, a superpopulação, as massas feito robôs nas escadas rolantes das lojas de departamentos. Ninguém conhece ninguém. Acham que a felicidade está ao alcance mas ela é inalcançável. Somos só os precursores. Enquanto você surfa na tecnologia, outros sentem ódio. Como as crianças das favelas vendo filmes de ação americanos. É só o começo. Haverá mais. Mais casos de insanidade. Serial killers, almas destruídas, violência gratuita. Não pode sedar todo mundo com game shows e shoppings e os antidepressivos não vão funcionar para sempre. O povo está cansado da merda do seu sistema! -Não importa quem inventou a arma e sim quem puxa o gatilho.
Diálogo de três jovens revolucionários - Jan, Peter e Jule - com Hardenberg, um milionário empresário.
[Filme: The Edukators]
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