Rompimentos

Já passei por alguns rompimentos, dos dois tipos que há.

Tem aqueles em que a gente não consegue respirar sem o contato. Insiste em e-mails, mensagens, lembranças, telefonemas como quem não quer nada, só pra dizer que eu vi um filme que me lembrou você, num fingimento de amizade e naturalidade que a gente insiste em encenar porque quer ser madura. Ou então sufoca o quanto pode, pede por favor, não deixa de me amar, faz vergonha. Esgota até o último bocadinho de amor. Fica ali até secar – até você secar, até não restar nada. E se engana dizendo que nunca mais vai amar. Esses são os mais dolorosos.

E tem aqueles rompimentos em que é fácil sumir. Não procurar ou ser procurada parece até natural. Sim, outra vai ocupar o seu espaço. Outro vai ocupar o espaço dele. Pra que se agarrar ao que acabou? Não tem como jogar a culpa em ninguém. Como a gente faz pouca falta. É espantoso ver como pode ser fácil esse processo de se desvencilhar de alguém a quem se é tão apegada. Esses são os mais amargos.

Que gosto ruim tem isso de ver como era frouxo o nó.

[ por Renata, do blog Tantos Clichês // via Don't Touch My Moleskine ]
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